Lunna Pov
- Tchau,
aniversariante, até amanhã. - Abracei Niall e ele sorriu. Me virei para Ian.
- Tem
certeza que não quer que eu te leve? - Me perguntou.
- Absoluta.
- Assenti.
- Tudo bem,
então. - Me roubou outro beijo.
- Ian! - O
repreendi já rindo junto com ele, que me mandou um beijo no ar e saiu do
Nando's. Revirei os olhos e me virei para Eleanor. - Vamos?
- Vamos. Só
espere o Zayn, tá?
- Ele vai
com a gente? - Perguntei nervosa.
- Sim. -
Deu de ombros. - Disse algo sobre ser perigoso...
- Ah... -
Não consegui falar mais nada. Porque estou tão nervosa, cara? Ele é meu amigo,
né. Agora ele é, mesmo que eu prefira outra coisa, mas ele é meu amigo... Mas
eu não consigo deixar de me sentir culpada. Culpada por ter traído-o, eu não me
perdoo por isso. E também acabei me sentindo mal também por causa do beijo de
Ian, não foi somente um beijo. Eu gostei. Eu gostei muito. E isso me deixa mal.
Mesmo eu achando que ele não me ama mais... Não é algo que eu consiga
controlar.
- Vamos? -
Zayn chegou por trás. Seus olhos se
encontraram com os meus. Senti uma pontada em meu coração ao ver seu olhar
frio. Pisquei rapidamente desviando o olhar. Começamos a andar para fora da
rua. O silêncio quase total pairava sobre nós, somente nossas respirações eram
ouvidas. Chegamos à casa de Els. Ela me abraçou e se despediu dele com um aceno de cabeça.
Voltamos a
andar ainda em silêncio, até que ele o quebrou:
- Então,
Lunna... Você e o Ian estão... - Não continuou sua fala.
-
Namorando?
- É...
- Não. Só
ficando mesmo.
- Ah. - O
silêncio desconfortável voltou por mais alguns minutos.
- Zayn... - Não tive coragem para continuar.
- Oi?
- Érm...
Onde você conheceu a Perrie?
- A gente
se conheceu quando criança em Bradford. Ela foi a primeira garota que eu
gostei... Aí quando fui para lá nessas férias e a reencontrei.
- Ah - Nos
entreolhamos e começamos a rir. Isso fez o clima se aliviar. - Isso foi...
- Estranho.
- Ele completou e eu assenti.
- Muito. -
Paramos em frente à minha casa. - Então... - Um grito alto me interrompi e eu
olhei em sua direção. Vinha da casa de Zayn. O olhei. - Quem ficou em casa?
- A Doniya
e o Logan, apenas. - Mais um grito, dessa vez mais perto e a porta de sua casa
foi aberta com violência. Outro grito. Tão estridente que fez meus ouvidos
doerem. Um grito de dor. Mas dessa vez nós percebemos o que era. Não. Não era
ruim. Era maravilhoso. Mas não pude deixar de ficar nervosa. Logan olhou em
volta e nos viu. Ele estava ainda mais nervoso que eu, quase desesperado.
Lembrei que ele estava sem carro. Doniya estava suada, seu rosto cheio de
sofrimento. Tinha entrado em trabalho de parto. Mais cedo do que deveria. Olhei
para Zayn.
Fui
correndo para dentro de minha casa e encontrei meu irmão sentado no sofá.
- Ethan, me
empresta seu carro. O Logan vai dirigir, a vizinha entrou em trabalho de parto.
- A irmã do
Zayn?
- Quem mais
podia ser? Ethaaaaan, socorro. - Agitei os braços.
- Tá, pega
no chaveiro. - Fiz o que ele pediu e fui para a garagem. Peguei o carro e abri
o portão. Tentei de alguma forma dar ré e sair. Consegui sem bater o carro,
graças a Deus. Eu não tinha nem noção do que era dirigir. Puxei o freio de mão
e saí do carro indo ajudá-los a colocar Doni no carro.
Logo
estávamos a caminho do hospital. Zayn no banco do carona e eu estava ao lado de
Doniya segurando sua mão. Ela estava gritando e quase quebrava minha mão, mas
eu aguentava, imaginava o quão maior era a dor dela.
Chegamos ao
hospital. Logan a carregou para dentro e fomos atrás. Enfermeiros vieram e já a
levaram para uma sala. O único que pôde entrar foi Logan, já que era o pai.
Sentia a preocupação em meu peito, mas também ansiedade para saber como seria o
bebê. Eu não sabia se era homem ou mulher, na verdade, só os pais sabiam e não
quiseram contar. Se eu quis matá-los? Com toda certeza. Mas tudo bem, agora eu
vou saber.
Fitei Zayn
e percebi que ele fazia o mesmo que eu. Vi em seus olhos os mesmos sentimentos
que deveriam estar nos meus. Isso era estranho e confuso. Estávamos nos preparando
para um novo membro no mundo, mas não agora. O bebê estava vindo mais cedo e
isso era estranho por enquanto. Eu me sentia estranha quando as coisas mudavam,
mas logo me acostumava e podia até começar a gostar. Eu precisava aprender,
pois tantas coisas haviam mudado em minha vida ultimamente. Eu vivia apenas com
meu pai, era a popular da escola ,praticava algo horrível contra o garoto pelo
qual eu sou apaixonada e já era naquela
época, tinha um namorado e ligava demais para a aparência. Eu fui mudando ao
longo do ano passado.
Conheci novos amigos, cheguei a namorar Zayn, tive toda a confusão com Yan,
descobri que minha mãe estava viva. Então terminei com Zayn e conheci um irmão
que não sabia que existia e agora estou saindo com outra pessoa.
As coisas mudam,
nem sempre para melhor, mas elas mudam.
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