sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Do you really love me? - Capítulo 38 - Últimos capítulos da temporada

- VOCÊ ACHA MESMO QUE EU VOU ACREDITAR E VOCÊ QUE ME ABANDONOU DO QUE EM MEU PAI QUE SEMPRE ESTEVE AO MEU LADO? NUNCA! COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO CONOSCO? EU VIVI SEM UMA MÃE ESSE TEMPO TODO, EU CHOREI POR NOITES SENTINDO SUA FALTA E AGORA VOCÊ SIMPLESMENTE CHEGA AQUI COMO SE NÃO TIVESSE FEITO NADA?

- Lunna, acredita por favor. - A mulher implorou. - Eu nunca quis fazer isso. Murillo ficou louco quando descobriu que eu tinha o traído. Quando sofremos o acidente eu não estava te levando a creche alguma! Estava fugindo com você. Tentando te salvar do monstro que ele se tornou.

- É MENTIRA! Ele nunca ia fazer algo de mal comigo. Ele achou que você estivesse morta e chorou tanto ou até mais que eu. Meu pai nunca ia mentir desse jeito pra mim. Não tem vergonha de falar isso assim? Aliás como você pôde traí-lo? Como pode vir aqui falando esse tanto de mentiras deslavadas e querer que eu acredite em você? Eu te odeio! Você é uma bruxa egoísta!  Eu te odeio! Sai da minha casa agora!

- Filha, por favor ouve a história.

- NÃO ME CHAME DE FILHA. EU NÃO SOU SUA FILHA. VOCÊ PERDEU O DIREITO DE ME CHAMAR DE ASSIM NO MOMENTO EM QUE ME ABANDONOU.

- Por favor meu amor. Ele me ameaçou. Eu juro! Eu nunca ia fazer isso se tivesse escolha. Nunca faria isso se ele não ameaçasse machucar você.

- Ele nunca ia fazer isso. Eu o conheço e não teria motivo para ele matar a própria filha.

- Filha... - A menina respirou fundo tentando se acalmar.

- Vai embora por favor. - Disse quase em um sussurro.





- MÃE, CHEGUEI. - A menina gritou ao abrir a porta. Pendurou a bolsa na arara e tirou suas sapatilhas as deixando de lado. Sua mãe tinha uma neura com limpeza, então ninguém podia entrar de sapatos e a casa nunca tinha um grão de poeira. Isso não era difícil de cumprir para ela, pois já se acostumara. Mas no seu quarto sua mãe não entrava. Era seu refúgio. O mais estranho é que sua mãe era completamente de boa com as outras coisas.

- Que bom filha. Trouxe o que te pedi? - A mulher apareceu na porta da cozinha com um avental. Seus olhos cinzas se encontraram com os castanhos da filha.

- Ah, sim. - Mostrou os papéis e ao olhá-los se lembrou de um par de olhos de uma cor indefinida a fitando. Sacudiu a cabeça como se isso fosse afastar os pensamentos. - Eu tirei todas as cópias que me pediu. Da identidade, histórico escolar, etc...  Mas mãe, pra que tudo isso?

- Precisamos disso para podermos fazer sua matrícula no novo colégio.

- Ah, ok. - Sorriu. - Onde eu coloco isso dona Jenny?

- No escritório de seu pai tem a estante e lá tem uma pasta verde água. Pode colocar lá. - Disse voltando para a cozinha. A garota foi até a porta branca e a abriu dando de cara com uma mesa cheia de papéis e uma cadeira giratória de couro atrás dela. Ao lado esquerdo tinha uma estante cheia de livros sobre direito(seu pai era advogado) e na estante do lado direito havia uma imensidão de pastas, cadernos e outros papéis. Sua mãe com certeza nunca entrava lá, pois era completamente bagunçado. Confuso. Ficou pensando como seu pai conseguia achar as coisas lá. Parecia impossível para ela. Foi até a prateleira e pegou a única pasta verde água que havia lá. Se virou e apoiou a pasta encima da mesa. A abriu e entendeu o porquê de ser a única daquela cor. Eram seus documentos. TODOS seus documentos. Os organizou dentro da pasta e colocou-a de volta na estante. Então viu mais duas pastas de cores únicas. Uma era azul marinho e outra toda listrada. Deveria ser o dos seus pais. Ela se virou e saiu indo até a cozinha.

- Em que posso ajudar? - Perguntou assustando sua mãe.

- Quer me matar menina?

- Desculpe mamãe. - Ela disse rindo.

- Pode fazer... - Olhou em volta procurando algo - Não tem mais nada querida. Acabei de colocar no forno...

- O que é? - Respirou fundo captando o cheiro. - Hum... Lasanha?

- Sim. - Jennifer sorriu. A menina se encostou na bancada com os pensamentos longe. Um rosto veio a sua mente. O garoto de olhos que ela não sabia se eram verdes ou azuis. Uma sensação completamente estranha havia invadido seu corpo no exato momento em que fitou aqueles olhos da cor do céu. - Querida pode me contando o que aconteceu. - Sua mãe a tirou de seus devaneios enquanto se sentava em um dos bancos que estavam na bancada.

- Hein? Ahn? Nada. - Mentiu. Só tinha um problema com isso: A garota era uma péssima mentirosa. Não conseguia olhar nos olhos da pessoa quando mentia. Isso a entregava na hora. Além de que sua voz ficava um tom mais alta.

- Filha... Você é uma péssima mentirosa.

- Mas é verdade! Não é nada demais.

- Querida, sabe que não tem motivos para esconder algo de mim.

- Ok mamãe... Foi... Um garoto. - Disse envergonhada.

- Hummmmm Um garoto. - Disse maliciosa.

- Mãe! - A garota corou violentamente.

- Ok ok, pode falar.

- Não sei. Ele esbarrou em mim quando estava voltando pra casa e derrubei todos os papéis.

- E aí?

- Eu não sei mãe... Foi uma sensação esquisita quando ele olhou nos meus olhos.

- Você já sentiu isso antes?

- Não, nunca. Por isso foi estranho...

- Mas foi bom? E como ele era?

- Sim, é boa... Mas esquisita. E ele era lindo. Tinha lábios finos, o cabelo estava meio tampado porque usava touca, mas parecia ser liso e tinha uma franja que tinha uns fios meio arrepiados. E os olhos eram ou azuis ou verdes. Quando ele abaixou a cabeça estavam verdes, mas aí ele se levantou e se tornaram quase azuis.

- E qual é o nome dele? - A menina abaixou a cabeça fazendo uma careta.

- Esse é o problema. Eu não sei. Saí correndo antes dele falar outra coisa.

- Ficou nervosa é? - Ela assentiu. - Que pena filha, mas olha, não se lembra do que sempre te falo? O que for para ser, será.







- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! - Harry deu um pulo ao ouvir um grito agudo vindo do quarto de sua irmã e apareceu lá em segundos segurando um taco de base ball achando que ela estava correndo perigo.

- Mas que porra é essa? - Perguntou confuso ao encontrar Gemma em cima da cama completamente encolhida. Então observou um pequeno inseto se movimentar para mais perto da cama e sua irmã soltou mais um grito. Harry revirou os olhos e matou o bicho. O curly gargalhou ao ver a irmã suspirar aliviada.

- Ai cala a boca! - Ela disse irritada quando viu o irmão abrir a boca para lhe dizer algo.

- Ah, qual é Gemma? Eu venho correndo pensando que é um assassino, um estuprador, um maníaco e é só um inocente inseto? - Ele diz rindo. Pegou a barata com uma sacola e a jogou no lixo do banheiro.

- E de novo: Cala a boca! - Gemma pegou o travesseiro e jogou no curly, irritada. O celular da menina tocou na escrivaninha. Ela e o irmão se entreolharam e correram até o objeto, mas Harry conseguiu atender antes.

- Alô?... Sim. Quem é você? - Arregalou os olhos empurrando Gemma para longe com o braço.

- Quem é? - A garota do outro lado da linha perguntou.

- Ah, eu... Vou passar para ela ok? Ahn... - Tirou do ouvido e deu para a irmã que o fuzilava com os olhos. Gemma deu um tapa forte no braço dele - Porra Gemma. Que mão pesada. - Então ele fez uma careta e saiu do quarto. Ela estranhou, normalmente ele ficaria a atentando mais um tempo. Arregalou os olhos ao olhar no visor. Não era para ele ter atendido esse celular, com certeza não era.

- Alô?

- Oi Gem. Quem que atendeu o telefone hum? Seu namorado é? - Fez voz maliciosa. Gemma gargalhou.

- Nada a ver. Que nojo Nick... Era... - Então parou bruscamente. Ela não podia dizer que era Harry.
Buscou algo em sua mente, mas as palavras pareceram desaparecer naquele momento

- Era... - Estimulou a amiga a continuar.

- Era um amigo do meu namorado que também é meu amigo.

- Ah. - Pareceu acreditar. - Eai? A gente ainda vai ter aquele encontro duplo?

- Claro que sim. Quer dizer que finalmente vai conhecer o J?

- Sim e você vai rever o Ryan.

- É...

- Sei que você não gosta muito dele, mas você me perdoou não foi?

- Sim, Nick. Você disse que aconteceu apenas, que não queria fazer isso com ele. Só que... É estranho.

- Entendo...

- Nick... Porque exatamente você não quis mais ele?

- Sem ofensas Gem, mas seu irmão era muito imaturo. Não era má pessoa. De modo algum... Só criança.

- Ah, tá.  Mas ele tinha 13 anos e você tinha 15.

- Eu sei... Aliás nem sei porque quis ficar com ele... Talvez por ser fofo.



Dois dias depois

Era a última semana de aula. Todos estavam sem a mínima animação para estudar, mas a maioria dos pais os obrigava a ir. Claro, tinham aqueles que iam cabular aula e por incrível que pareça um desses foi Niall, mas não porque apenas queria fazer isso. Ele estava se sentindo mal. Quando foi à casa de Lunna, ele não sabe como, mas os dois discutiram. Talvez ela estivesse nervosa com algo, mas a questão era que eles tinham discutido bem feio e era a primeira vez. Caramba, ele gostava tanto dela. Odiava brigar com pessoas importantes em sua vida. Ele estava sentado em um jardim que ficava ao fundo do colégio.Nenhum monitor ia lá então era seguro. Estava tão imerso em seus pensamentos que mal percebeu quando alguém se sentou ao seu lado.

- Então... Você aceitaria minhas desculpas? - Se virou assustado ao ouvir a voz de Lunna. A menina estava com um olhar triste e fixo em suas mãos que estavam entrelaçadas em seu colo.

- Lu... Eu que tenho que te pedir desculpas.

- Não, de modo algum. Eu... Estava nervosa. Descontei em você. - Ela o olhou. -Desculpe-me.

- Tá tudo bem... - Ele segurou a mão de Lunna com um sorriso. Então seus olhos se encontraram e ele se lembrou de algo. - Eu quero te pedir desculpa por outra coisa também. - Mordeu o lábio inferior, nervoso.

- O que?

- Aquele beijo no hospital...

- Não vamos falar disso, por favor. É melhor esquecer.

- É, aquele beijo não deveria acontecer... Mas só uma coisa: Eu... Eu beijo mal?

- O que? Ahn... Não. Não. Não. Na verdade até bem demais. - Ambos coraram.

- Ah, você também não beija nada mal.

- E como você pode saber disso? - Gelaram ao ouvir aquela voz pronunciar essas palavras com raiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário