quinta-feira, 5 de março de 2015

Do You Really Love Me? (Second Season) - Capítulo 15

Lunna Pov

Eu tinha um pequeno pacotinho sobre meus braços. Ela era tão quentinha... E eu havia me viciado em segurá-la. Lilith tinha apenas duas semanas e eu ia praticamente todos os dias na casa de Doni e Logie. Era estranho. Vivendo como casados os dois... E eu aqui. Tentava ajudá-los, apesar de Trisha também estar vindo para cá com muita frequência. Nenhuma de nós reclamava, ou reclamaria. Era uma menininha encantadora. Quando não chorava, sejamos realistas.

Dessa forma acabava vendo Zayn mais do que gostaria. Não exatamente gostaria... Eu gostava de vê-lo. Tê-lo por perto. Mas ainda doía. Meu coração não respondia da forma que eu queria. Ele mexia comigo. E eu não parecia fazer o mesmo com ele, o que me fazia mal. Zayn estava me superando, se já não o havia feito. E eu... Eu estava frustrada.

Ian era maravilhoso. Lindo, com aquele jeitinho matador... Eu gostava dele. Mas nada era como com Zayn. Aquela sensação de estar nas nuvens. De que nada iria me atingir enquanto estava com ele...

Balancei a cabeça tentando expulsar os pensamentos e me concentrei em Lilith. Cantei baixinho até que ela adormecesse e a coloquei em seu berço. Saí do quarto e dei de cara com Trisha. Ela sorriu gentilmente para mim e eu retribuí.

- Ela dormiu?

- Sim. Foi fácil. O remédio fez efeito antes de chegarmos no quarto.

- Deve ser por ser tão pequena. Circula rápido. - deu de ombros.

- Provavelmente.

- Vai ficar para o jantar?

- Não.

- Por quê? Eu vou cozinhar. Poupar Logan de uma indigestão, pois Doni não nasceu para isso, definitivamente. - eu ri.

- Deculpe. Eu adoraria ficar, mas tenho um compromisso. - menti. Eu apenas estava querendo sair logo, já que daqui a uma hora Zayn deveria chegar, como de costume.

- É uma pena. Mas já que não há como...

- Amanhã, quinta e sexta eu volto. - costumava alternar os dias, um dia sim, outro não. Mas nesse caso eu alteraria já que no sábado não poderia. O dia do baile. A abracei.

 Uma brisa fresca me fez arrepiar assim que abri a porta. Iria chover. Corri para casa, literalmente. Assim que pisei em meu quarto, pude ouvir a chuva. Não era forte. Deitei na cama e tentei dormir. Estava cansada. Depois da escola havia ficado a tarde todo ajudando com Lilith. Ela ainda era muito novinha, mas estava com cólica e assim realmente enjoadinha.Quando estava quase adormecendo, meu telefone tocou. Soltei um gemido de frustração, mas atendi.

- Alô?
- Lunna, oi.
- Ian. Oi. - silêncio - Ian? - mais silêncio. - Ian, você está bem? - perguntei um tanto preocupada.
- Não.
- Onde você está?No seu apartamento? Quer que eu vá até você?
- Não, só... fique aí. Por favor. - sua voz estava trêmula, mas controlada. Eu nunca o havia visto dessa forma. Isso me fez pensar no quanto eu sabia sobre ele. Para mim, Ian era um cara maravilhoso, que sempre me ajudou quando estava por perto, a pessoa que me amparou quando eu estava tão chateada por Zayn e Perrie e apavorada por estar sendo seguida. Ele me protegera, me fizera sentir segura e assim eu não tinha pensado que ele deveria ter problemas. Era burrice, já que todos tinham problemas, isso era claro, mas realmente nunca havia passado pela minha cabeça que Ian tenha alguma coisa que o machuque. Agora ele está do outro lado da linha me pedindo para ficar com ele, o dando apoio e, obviamente, não está bem.
- Claro. É claro que eu fico.




Narradora Pov

O garoto bufa, frustrado, fechando o bendito livro. "Cálculo, cálculo, por que tão complicado?", sentindo a garganta coçar. Se segurou. Estava cansado de tossir, pois toda vez que isso acontecia desencadeava uma crise muito dolorida, além disso, o deixava fraco.

- Está com dificuldade, maninho? Quer que eu ajude antes de ir trabalhar?  - percebeu a loira na porta de seu quarto o olhando um tanto zombeteira, um tanto carinhosa. O garoto a ignorou. Não que estivesse com raiva dela propriamente.  Mas estava com raiva do mundo. E, bem, Gemma era parte do mundo. - Ei, pirralho, não me ignore. - o garoto sentiu um beliscão em sua orelha. Mal conseguiu falar de tanta dor. Se havia algo em que a irmã era boa, eram os tais beliscões. Mas hoje estava particularmente pior. Tudo parecia pior. Seu corpo estava sensível...  Xingou mentalmente quando não conseguiu segurar a tosse.

O dos cabelos encaracolados apoiou as mãos na mesa a sua frente tentando firmar o corpo enquanto a tosse passava.

- Você tem que cuidar dessa tosse, Harry.

- Eu sei.

- Vou fazer um chá para você.

- Não preci...

- Eu já decidi. Me espere aqui.- disse a loira saindo do quarto.

- Mas é louca mesmo...

A Styles foi para a cozinha preparar o chá, após ter colhido as folhas de hortelã em seu quintal. No andar de cima, o garoto percebeu que a irmã demorava demais a voltar e desceu, parando no meio da escada ao ter outra crise de tosse, que foi ouvida pela mais velha.

- Harry, o que está fazendo? Eu disse para me esperar, idiota.

O garoto não conseguiu falar, pois uma tosse o interrompeu, seguida de outra e depois outra. Ele se segurou no corrimão, sentindo o corpo ficar fraco. A menina correu até o maior e o ajudou a chegar no sofá.

- Está tão quente. - suspirou, checando sua temperatura. - Que droga. O que eu vou fazer? - murmurou. - Fique quieto. - apontou o indicador no rosto do irmão ameaçadoramente e foi até a cozinha voltando logo em seguida com o chá, que ela não pretendia mais dar ao irmão, não enquanto quente, pois isso só o deixaria mais quente. Pegou o termômetro e foi ver a temperatura do mais novo, que já estava deitado no sofá e, obviamente, não se sente bem. A loira coloca o termômetro na boca de Harry e pega seu celular, ligando para o chefe. Discute com o senhor quando ele não permite que falte. Droga, por que essa criança tinha que ficar doente justo em um dia que sua mãe não estava? Ouviu o termômetro apitar e viu no visor: 39°, soltou um palavrão baixo. Ela não podia deixá-lo sozinho. Pensou e pensou até que uma solução veio à sua cabeça.

- Alô, querida. Eu preciso que retribua aquele favor que te fiz naquele dia.
- Claro, do que precisa?
- Que venha aqui em casa cuidar do Harry, enquanto eu trabalho.
- Cuidar?
- Sim, ele está meio mal. E não vou poder ficar com ele. - a linha fica silenciosa por alguns minutos. - Ei, está aí?
- Ah, sim, estou indo.
- Rápido, por favor, não posso me atrasar.

Minutos depois Gemma ouve uma batida na porta e corre para atender.

- Olá. - a morena diz.

- Olá, Lea. Entre. Eu não vou enrolar muito, preciso sair agora mesmo. Mas os remédios estão em uma caixa na parte de cima do guarda-roupa da minha mãe. Vê se consegue fazer ele tomar um banho antes de dar qualquer coisa. Se ele não melhorar com nada, pode chamar o nosso vizinho que é médico. Se disser que precisamos levar ao médico, me ligue, só pra avisar, pois eu realmente não posso vir. - demonstrou sua frustração com uma careta. - Você entendeu tudo?

- Sim. - Leane disse de forma incerta, mas assentiu rapidamente ao receber um olhar nervoso. - Eu entendi. Vou fazer direitinho.

- Sei que não é nada divertido. Mas tome conta dele, por favor.

- Eu vou. Relaxe. - a mais nova revirou os olhos. É claro que ela conseguia cuidar do Styles.

- Ele está no quarto, já estou indo. - avisou, saindo pela porta.

Lea sentiu uma sensação de estranheza ao ficar em uma casa que não era sua, tão silenciosa que parecia não ter ninguém. Mas ela sabia que havia. Subiu ao andar de cima em passos longos, mas hesitou em entrar no quarto. Realmente nunca havia imaginado como seria estar em um quarto com Harry Styles, mas isso agora a incomodava de uma forma estranha. E ela sabia exatamente o porquê. Balançou a cabeça e entrou de uma vez, assustando o garoto na cama. Ele arregalou seus olhos verdes ao ver a morena sorrir com diversão e desviou, sentindo a garganta coçar mais do que o comum. Que droga. O que estava acontecendo com ele? Era a ex do seu melhor amigo. Mas desde que ela havia parado de o tratar tão mal, começara a ver outras coisas.

Talvez fosse melhor ser tratado mal.

- O que está fazendo aqui? - Harry perguntou com a voz mais rouca que o normal.

- Vim cuidar de você. A Gemma teve que correr para o trabalho. - explicou ao ver a expressão confusa do garoto. Silêncio se instalou no quarto enquanto a menina se sentava na cama, próxima à ele. Aquele silêncio não era incômodo, nem estranho para nenhum dos dois. Era esquisito como pareciam se entender sem falar nada depois de tanto tempo discutindo como duas crianças. Esse pensamento o fez sorrir. - O que foi?

- Nada. - disse rindo.

- Seu estranho. - ela sorriu fazendo cafuné na cabeça do maior. - É tão esquisito te ver doente. E tão quente. - franziu a testa. - Isso me faz lembrar, você tem que tomar um banho para esfriar a temperatura.

- Você não quer vir junto? - brincou com um sorriso malicioso nos lábios quando ela o ajudou a se dirigir ao banheiro.

- Não. Assim a temperatura ia era subir. - piscou o empurrando para dentro do banheiro fechando a porta em seguida. Harry riu. O que é isso? Ela era realmente maluca. E isso estava o deixando louco.


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