Lunna Pov
- Vou pro meu armário princesa. - Ele me selou e em seguida pegou minha mão a trazendo até sua boca e a beijou. Eu sorri e ele saiu. Suspirei. Ele é tão lindo. Me dirigi até meu armário e o abri pegando os meus materiais. Fechei a porta e me assustei ao ver Yan parado na minha frente.
- O que você quer? - Perguntei nervosa.
- Ora, Ora, Ora. E não é que você já arrumou outro pra te satisfazer?
- Isso não é da sua conta. - Tentei sair, mas ele me puxou pelo braço.
- Mas é claro que é! Não vou aceitar que me troque por esse... Babaca aí.
- Pois esse babaca Yan é mil vezes melhor do que você. - Apontei o dedo em seu peito.
- Aposto que não te da tanto prazer quanto eu te dava. - Bufei e olhei pro chão. - Ah, ainda não aconteceu? Mas como ele é devagar. - Cerrei os punhos e tentei sair de novo, mas ele me virou segurando meus ombros fortemente.
- Você está me machucando.
- Escuta aqui Dobrev. Você não vai me humilhar dessa forma. Vai terminar o que quer que vocês tenham.
- Há Há. Vai sonhando que eu vou fazer isso.
- O que? Acho que não se importa então se eu mandar uma mensagem - Levantou o celular e me mostrou o que estava na tela. Uma foto. Gelei - para todos do colégio contando seu "segredinho". Um deles né querida? E o seu namorado? Ele sabe disso? - Arregalei os olhos. - Como acha que ele reagiria hein querida? - Minha respiração estava descompassada. Ele não podia saber. Não poderia saber nunca. Ficaria muito decepcionado comigo. - Não muito bem não é? - Ele sorriu irônico.
- Você não ousaria...
- Não? Paga pra ver . Paga pra ver.
- Yan...
- Você tem uma semana Lunna. Uma semana. - Ele saiu e eu fiquei lá. Parada. Em choque. Isso não pode estar acontecendo comigo. Não pode... É, pode porque estava tudo perfeito demais para ser verdade.
(...)
Estava deitada na minha cama abraçada com o travesseiro. Pensava no que Yan havia me dito. Caramba, ele não cansa de me fazer infeliz. Fica me infernizando. E o pior é que se eu não fazer o que ele me pediu eu estou ferrada. E não só eu, o Zayn também porque todos já sabem que estamos juntos. Yan sabe muitos segredos meus e ele pode acabar com a minha vida se ele quiser. Eu não quero ficar sem meu Z. Ele se tornou minha vida, o ar que eu respiro, meu alimento. Você pode achar cedo para dizer, mas a verdade é que eu o amo. O amo com todas as minhas forças. Com todas as células do meu corpo. Uma das coisas que eu me lembro de minha mamãe, era quando eu perguntava sobre ela e o meu pai e ela me falava que ele era o homem de sua vida. Que ela não se imaginava sem ele. Eu não entendia porque era uma criança, um bebê. Mas agora eu sei o que ela sentia, porque é assim que eu me sinto em relação ao Zaz. Mas Yan pode acabar com Zayn. Ele tem os seus contatos e ele consegue descobrir tudo sobre uma pessoa. Até seus segredos mais obscuros. Ele o machucar, machucar sua família, pode matá-los. Você não tem ideia de como ele é.
Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Eu sentia um aperto no coração. Uma sensação ruim. Me levantei e fui até o banheiro. Fazia tanto tempo que eu não fazia isso, mas eu preciso. Preciso disso. Tranquei a porta e vi a lâmina. Não tocava nela a três meses, mas eu preciso disso. Preciso acabar com essa minha dor. Sentei em cima do vaso. Eu soluçava de tanto chorar. Arregacei as mangas da blusa. Sempre usava blusas compridas para esconder as cicatrizes e agora posso vê-las. Iam dizer que eu era problemática se soubessem que eu faço isso. Peguei a lâmina e passei sobre o punho. Como sempre a dor física aliviou a dor psicológica.
Fui até a pia e lavei o punho. Depois sequei com uma toalha e voltei para o quarto. Me deitei na cama e fechei os olhos adormecendo em seguida.
" - Mas porque Nina? O que aconteceu? - Uma garota me perguntou. ou perguntou a essa tal de Nina. Só que eu estava olhando por ela. Eu via com os olhos dela.
- Ele a beijou Sel. Ele a beijou. - E "eu" a abracei chorando muito.
- Mas, você tem certeza Nina? Eu não consigo imaginar que ele possa ter feito isso.
- Selena, ninguém me contou não. Eu vi com os meus próprios olhos. Eu acreditei quando ele disse que me amava Sel. Eu fui uma tola. Uma ingênua. - "Eu" soluçava.
- Ai Nina. - Selena falou com o tom de voz triste e começou a acariciar meus cabelos. - Eu sinto muito. - Ouvimos alguém pigarrear e Selena olhou para a porta. - Zac, não é uma boa hora.
- Ah, perdão Sel. - Eu conhecia essa voz de algum lugar... - Volto outra hora então. - "Eu" me virei e pude avistar um garoto, mas sua imagem era um borrão. E de repente toda a dor que "eu" sentia desapareceu. Eu via apenas seus olhos castanhos misteriosos.
- Não. - Funguei. - Pode falar. Eu... Já vou mesmo.
- Não precisa ir embora por minha causa. Não é tão importante assim.
- Tudo bem. Eu preciso ir mesmo. - Sorri e ele sorriu de volta. "eu" achei esse sorriso perfeito.
De repente o cenário mudou. Não era mai um quarto e sim, um salão. Era enorme. "Eu" estava sentada em uma mesa sozinha e observava as pessoas que dançavam mais ao centro do salão. Era um baile. Todas as pessoas da cidade tinham sido convidadas. A questão é: Como eu sei disso?
- Com licença. O que uma garota tão bonita faz sozinha? - Olhei para a voz e sorri reconhecendo o garoto do outro dia.
- Oi Zac. Sente-se. - Ele sorriu e se sentou ao meu lado. - Ficamos conversando. Ele "me" fazia rir muito. Era muito divertido, fofo e lindo, mas esses não são pensamentos meus porque eu mesma não consigo ver claramente seu rosto. "Eu" gargalhei de algo que ele disse, mas meu sorriso desapareceu ao ver um garoto idêntico ao Yan me observando."
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